Alemanha e Reino Unido: os mercados mais difíceis de recuperar em 2021
Apesar das perspectivas para 2021 em termos turísticos apontarem para um “ano de transição” e de existirem expectativas positivas, têm-se vindo a mostrar algo incertas, porque em todos os estados existe uma associação entre a evolução da vacinação e a abertura e interesse da procura de viagens para o exterior.
Por este facto, o “Estudo de procura para o sector do turismo”, elaborado pela consultoria de estratégia global e comercialização da Simon-Kucher & Partners, aponta 3 factores determinantes que irão condicionar a retoma do sector:
1. rapidez da vacinação;
2. a relutância em viajar para o exterior;
3. a recuperação da oferta turística.
Note-se que a rapidez de vacinação não só está relacionada com o país de origem, mas também com a evolução da taxa de vacinação no destino turístico.
A relutância em viajar está afectada pelo facto da vacina imunizar. Porém, a duração desta ainda levanta dúvidas, uma vez que ainda não existe consenso científico a este propósito, razão que leva a cerca de 1/3 dos europeus a não considerar viajar para o exterior em 2021.
Em termos dos dois grandes mercados emissores, enquanto a procura do Reino Unido depende da eficácia das vacinas e do efeito Brexit na economia, o turista alemão mostra alguma resistência em sair do país este ano (esperar para ver a evolução).
Por outro lado, em termos de oferta, tudo depende do número de hotéis que estarão abertos em 2021. Além disso, teme-se ainda uma guerra de preços desenfreada entre os destinos turísticos mais procurados no Mediterrâneo.
05 Março 2021